sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O que é um Livro Bom?

Olá, pessoal. Como vão vocês?
O post de hoje é apenas uma opinião, uma ideia. Foi originalmente pedido por um amigo para ser publicado em uma seção de comentários de outro site. Mas, como acabou não sendo e não sou de desperdiçar o que faço, postarei aqui. Aqui eu falo sobre o que é um bom livro para mim. E vocês, o que acham? Será que vocês concordam comigo? Será que discordam?



O que é um livro bom?
Bruno Leandro

Bem, quando penso em livros, penso em mundos, em lugares inexplorados. Um livro ruim é um livro que fecha a porta para esses lugares. Já um livro bom é como a chave que abre essa mesma porta e nos convida a visitá-los.
Um livro bom é aquele me faz viajar dentro de sua história, que me faz me sentir como parte dela, que me absorve. É um livro que faz com que eu não perceba que fui raptado da realidade até que algum choque do cotidiano me traga de volta e eu, surpreso, me dê conta de que eu estava em outra dimensão.
Um livro bom é, em suma, algo inexplicável, dono de uma magia própria que faz com que você se envolva tanto em sua história que você possa ser capaz de odiar um personagem, amar outro, chorar a morte de um terceiro como a de um ente querido e torcer muito, mas muito mesmo, para que o personagem de quem você mais gosta tenha um excelente final, porque ele já não é mais um personagem para você. É um amigo amado que passou por muitas situações difíceis e que precisa de todo o apoio que possa receber. Ou seja: um bom livro faz você ir para uma outra realidade sem sair do lugar e se apaixonar por isso, desejando que suas novas experiências sejam sempre iguais as de ter lido esse livro.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Quando nem tudo acaba como o esperado.

De repente a luta acaba e o herói consegue destruir o vião. Após isso, o reino é governado com justiça e todos vivem felizes para sempre, uma maravilha! Mas, e quando alguma coisa não sai como o esperado?


Anticlímax
Bruno Leandro

Acho que foi tudo, não sei, meio que anticlimático. Quer dizer, você luta contra um monte de monstros, enfrenta mil dragões, não sei quantos cavaleiros, sobrevive a vários companheiros que vão caindo nas armadilhas pelo meio do caminho (umas tão óbvias que nem minha mãe cairia) e só sobram você e menos de meia dúzia de gatos pingados para, no final, o seu inimigo mortal, o tirano que tentou destruir o mundo e escravizar todas as raças ter tido uma parada cardíaca antes mesmo de você chegar até ele? Quer dizer, se pelo menos ele aguardasse, a gente poderia até dizer que foi efeito da luta, que ele não conseguiu superar as habilidades do grupo, coisa e tal. Mas morrer assim, sem ter feito nada? Olha, sinceramente, é frustrante! E o pior: não deixou nem um substituto, um capachinho que fosse. Se tivesse a decência de ter feito isso, ainda daria para ter lutado contra “o seu melhor cavaleiro”, mas a verdade é que o cara já devia estar nas últimas, mesmo. Afinal, se não tinha ninguém mais esperando pela gente, é porque o povo todo já tinha se mandado de vez. Quer saber? Se duvidar, o cara já tinha morrido no dia anterior. Estava um cheiro meio estranho por lá, mas eu imaginei que fosse por causa de toda aquela luta. As pessoas suam, sabe como é...
Se estou desapontado? Mais do que isso, estou é decepcionado, mesmo. Como é que eu vou explicar para o pessoal lá do reino que eu lutei, lutei e morri na praia? Que eu não consegui dar um golpezinho que fosse no vilão, quanto mais o golpe final? Sabem de uma coisa? Já não se fazem mais déspotas como antigamente...
O que salva a pátria, é que eu soube que um dos meus companheiros sobreviventes ficou para trás. Parece que resolveu assumir o trono do reino, já que o tirano não tinha herdeiros. Espero que o cara tenha bastante sucesso, que saqueie algumas aldeias e destrua algumas cidades. Esqueci de dizer que é ele um necromante, então tem tudo pra dar certo na profissão de tirano. Torço muito pelo rapaz e assim, quem sabe, eu não consiga reunir outro grupo de aventureiros, dilacerar uns dragões, cortar os chifres de uns minotauros, acabar com a raça de alguns demônios e matar alguns soldados? Claro que é capaz de eles virarem zumbis, mas a leva um padre e está tudo certo. E, se tudo der certo, finalmente teremos uma batalha final decente e eu poderei acabar com ele. Tomara que tudo corra bem, estou cansado de vilões bundas-moles!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Poesia de Quinta

Esta é a maneira como eu faço poesia: pensando, refletindo, chegando a um resultado depois de raciocinar. É diferente de como eu faço contos, que são mais viscerais, menos pensandos. Concordam comigo? Ou discordam? Deem suas opiniões e comentem em mais esta "Poesia de Quinta"



Poesia Pela Poesia

Bruno Leandro

Trago em minha alma
Dores não vividas
Corações não partidos
Histórias não sentidas

Trago em meu corpo
Lembranças de não partidas
Caminhares não andados
Estranhas idas e vindas

Trago em minha mente
Sonhos não sonhados
Tristezas não lamentadas
Pensamentos não pensados

Trago em meu espírito
Amores não amados
Olhares não olhados
Passados não passados

Trago em meu coração
A não fuga do pensar
A não arte de amar
Apenas o refletir e ponderar

Minha poesia é morta
Não galho de dor ou negação
Não raízes de sentimento ou emoção
Fruto apenas do pensar e da razão.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Escrever...

A Magia da Escrita
Bruno Leandro

Sempre que escreve, um escritor precisa se preocupar com o que ele está escrevendo, seu público e qual é o principal objetivo do texto que está sendo produzido. Na verdade, escrever nunca é uma atividade solitária, uma vez que o autor está sempre escrevendo para alguém, mesmo que esse alguém seja ele mesmo.
Um escritor é uma pessoa na multidão que está escrevendo para essa multidão. Quem são eles? Do que eles gostam? Como eles se parecem? Tudo isso deve ser levado em consideração quando se produz um texto. Com as respostas para estas perguntas o escritor será capaz de produzir uma obra-prima se este for seu objetivo. É claro que o escritor pode ignorar tudo isso e simplesmente escrever o que ele quer e lidar com as consequências. Muitas vezes tal atitude irá levá-lo ao fracasso. A verdade é que, como escritores, temos um público a agradar. Precisamos defini-lo, mas ele já existe, basta-nos descobri-lo.
Por outro lado, um escritor que conhece sua audiência terá uma maior probabilidade de sucesso, já que saberá melhor o que é esperado dele.
Não apenas o público, mas o gênero também precisa ser respeitado. Se alguém escreve um romance como se fosse um conto, essa pessoa não levará em consideração as diferenças entre os dois gêneros e cometerá um grande erro, pois ambos têm suas próprias particularidades e precisam ser escritos de maneiras completamente diferentes. E o mesmo pode acontecer caso uma pessoa escreva uma notícia de jornal escrevendo do mesmo jeito que fala. Isso não faria sentido algum. Aliás, poderíamos citar muitos outros exemplos, mas vamos ficar só nestes dois.
No fim das contas, escrever não é nunca uma atividade solitária, pois o escritor precisa sempre se preocupar com o público para quem ele está escrevendo e o gênero em que ele está escrevendo. Crônica ou comentário? Ficção ou Fantasia? Biografia ou História? Faz diferença? Toda a diferença do mundo. Tudo isso precisa ser levando em consideração, pois assim o texto irá funcionar da melhor maneira possível e alcançar os seus objetivos. E é isso que dá graça ao texto, é essa sensação mágica que faz com que tudo valha à pena. No final, é isso o que faz a magia da escrita.