Olá, meninos e meninas.
O tema de hoje é pesado, pois vamos falar de racismo.
Origem, causa, como não se deve fazer? Não, nada disso. Digamos que meu texto é menos pedagógico e mais direto ao ponto, "cutucando a ferida", por assim dizer.
Mas, como eu escrevo de maneira diferenciada, meu texto está em um formato fora do normal.
Espero que gostem. Ou não. Afinal, quem é que gosta de preconceito?
Racismo
Bruno Leandro
“E aí, Pretão?”
“Como é que vai, Neguinho?”
“E aí, Bom Crioulo? Tudo na boa?”
“Faaala, Negão!”
“Meu Preto, como é que tão as coisas lá?”
“Pô, Pretinho, sai da frente da televisão, né?”
“Cês viram aquela Mulatinha, que delícia?”
“Pô, aquela Negona, então, nem se fala. Pegava e... cês sabem, né?”
“Cês viram aquele Tizil na televisão ontem? Putz, só faz merda. Mas, também, tinha que ser, né?”
“Aliás, vocês já ouviram falar aquela piada do nego que entrou na igreja e...?”
“Bom, é isso aí! Tou indo embora. Vou nessa, macacada! Até mais!”
“Opa! E aí, Tição, como tu tá?”
“Pô, fala, branquelo! Tudo tranquilo?”
“Branquelo? Como assim, Branquelo? Tu tá maluco?”
“Hã? Que foi, cara?”
“Ué! Ainda tem coragem de me perguntar o que foi? Cê tá me chamando de Branquelo! Isso é racismo, cara! Cê tá maluco? Fica me chamando de Branquelo! Isso é racismo! Eu te trato tão bem, com tanto respeito, e você vem me chamar de Branquelo?"
“Pô, cara... não foi nada de mais. Eu não acho que foi nada de mais te chamar de branq...”
“Ah, não foi nada de mais, né? Você que acha que não foi nada de mais! Pois eu vou te chamar a polícia e você vai ser preso por racismo!”
E fez.
E o negro ficou muito tempo na cadeia por ter chamado o branco de branquelo.
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