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Mostrando postagens de julho, 2011

O que você faria se só te restasse um dia?

Se o mundo fosse acabar, acho que eu me encheria de chocolates e doces, dançaria até cansar, cantaria alto e pensaria que o mundo pode ser melhor. Se o mundo fosse acabar, eu não sei como agiria. Eu tentaria continuar sendo eu mesmo até o fim. Se o mundo fosse acabar, eu NÃO me mataria. Vai que o mundo ainda durasse um pouco mais? Se o mundo fosse acabar, acabaria bem para mim, pois eu estaria fazendo o que eu gosto. E você? O que faria se o mundo fosse acabar? Um Cometa Branco no Céu Bruno Leandro O fim do mundo iria acontecer em uma quinta-feira, disseram os cientistas. Não, desta vez não eram os astrólogos com suas previsões Incas, Maias e Astecas, ou algum seguidor ensandecido de Nostradamus. Quem falava isso eram os astrônomos. E eles não estavam loucos, os sinais estavam nos céus: um cometa branco se dirigia para a Terra, em rota de colisão direta. Dizia-se que o cometa passaria por dentro do planeta, perfurando seu núcleo em velocidade tal, que aqueles que não fossem esm...

Protesto Virtual

Olá, pessoal. Hoje eu vou direto ao ponto: O Protesto de Cadeira Bruno Leandro Tem já um tempo que esse assunto fica me incomodando, mas eu não tinha ainda pensado em como abordar: é o protesto “de cadeira”. Tudo bem, mas o que seria isso? O protesto “de cadeira” é um protesto virtual, pela internet, onde todos mandam seus nomes para uma causa qualquer e, sem sair de casa, acham que estão dando suas contribuições para um mundo melhor. A questão para mim é: será que esse tipo de protesto é válido? Não que eu esteja condenando o mérito de quem tenta se mobilizar para mudar o mundo. E concordo que sim, que muitas vezes alguns desses protestos deram resultado impedindo que injustiças fossem cometidas. E, sim, se o protesto é contra algo que está fora do meu alcance físico, é claro que a internet pode ser uma aliada. Mas e quando a razão do protesto é aqui ao lado? E quando é uma empresa que não está nem aí se eu me mobilizei pelo Facebook reclamando, sendo que ela continua ganhando seu...

A Revolução das Mulheres

E se tudo começasse de novo? E se os homens quisessem ser novamente os donos das mulheres? E se eles conseguissem? E se... E se... E se... O que essas mulheres poderiam fazer quanto a isso? Nova Amazônia Bruno Leandro Começou em um dia como outro qualquer. Os homens voltaram a tentar mandar em suas mulheres. Discussões eram caladas com agressões físicas. Brigas eram motivos para espancamentos. O sistema de justiça ficou cego a tudo, virando as costas às suas filhas, como se as deserdando de seus direitos. Mães, filhas, irmãs, esposas e desconhecidas tornaram-se reféns dos homens. Eles recuperaram seus direitos sobre elas, como suas propriedades que eram, fazendo exatamente o que queriam, pois sabiam que nada lhes aconteceria.  Por anos a situação se manteve assim. As mulheres perderam seus empregos e cargos, direito a voto e voz, direito a olhar nos olhos. As cabeças foram obrigadas a se abaixarem. O preço da desobediência: a morte. Claro que houve resistências, muitas mulhere...

Blogs do Multiverso

­ Estava eu em minha humilde oficina, produzindo um simples encantamento que tecia a tinta ao papel e formava figuras e palavras, quando meu ofício foi interrompido. Batiam à porta. Curioso para saber quem era, a abri. Qual não foi minha surpresa ao ver, parado ali, diante de mim, um arauto. Ele olhou-me em meus olhos e, ao confirmar minha identidade, falou-me, usando o título pelo qual sou conhecido: – Artesão das Imagens e Palavras, por voto unânime da Ordem dos Senhores de Castelo, consagrado pelo regente N’quamor de Oririn e seguindo regras e normas estabelecidas pelo Conselho de Nopporn, tenho a honra de comunicar-te que fostes aceito a integrar o seleto grupo dos Arquitetos do Multiverso, onde pessoas como tu criam e partilham magias dedicadas à criação de mundos e à visitação de realidades fantásticas. Sê bem-vindo! Ao final de suas palavras, o nobre arauto apertou minha mão e trocamos um fraternal abraço. Logo após, ele se foi, indo entregar mais missivas e boas novas a out...

Poesia de Quinta

Olá a todos e todas! Voltando com mais uma "Poesia de Quinta", desta vez o tema é: Metáfora, este floreio tão necessário à poesia e à escrita de todo o sempre. Poesia não se explica, então não posso explicar a minha, embora ela pareça mais um conto em forma de poesia do que uma poesia propriamente dita, de tão grande. Aproveitem, é o que posso desejar. A Metaphora Bruno Leandro As palavras eram ditas fora do seu sentido comum. Tudo era falado em modo floreado, diverso, elíptico, enigmático: eufêmico. Nos sentidos escondidos surgiam os pensamentos verdadeiros. Nada era como se queria dizer, pois o que se queria dizer estava oculto nas sombras do pensamento refeito. Era estranho, mas ninguém se importava. Eram prisioneiros das palavras, mas através delas conseguiam a liberdade. Eu era um. Agora, não mais. A liberdade das palavras me fez perceber que sentidos ocultos podem ser revelados, desvelados, desvendados. Eu percebi que sou o rei de meus dizeres e saberes e q...

Racismo

Olá, meninos e meninas. O tema de hoje é pesado, pois vamos falar de racismo. Origem, causa, como não se deve fazer? Não, nada disso. Digamos que meu texto é menos pedagógico e mais direto ao ponto, "cutucando a ferida", por assim dizer. Mas, como eu escrevo de maneira diferenciada, meu texto está em um formato fora do normal. Espero que gostem. Ou não. Afinal, quem é que gosta de preconceito? Racismo Bruno Leandro “E aí, Pretão?” “Como é que vai, Neguinho?” “E aí, Bom Crioulo? Tudo na boa?” “Faaala, Negão!” “Meu Preto, como é que tão as coisas lá?” “Pô, Pretinho, sai da frente da televisão, né?” “Cês viram aquela Mulatinha, que delícia?” “Pô, aquela Negona, então, nem se fala. Pegava e... cês sabem, né?” “Cês viram aquele Tizil na televisão ontem? Putz, só faz merda. Mas, também, tinha que ser, né?” “Aliás, vocês já ouviram falar aquela piada do nego que entrou na igreja e...?” “Bom, é isso aí! Tou indo embora. Vou...