quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Ah, essas mulheres...

Ah, as mulheres... como às vezes elas são difíceis de entender, não? Aliás, como já dizem: só uma mulher para entender outra mulher, não é mesmo?


Briga de Casal
Bruno Leandro


– A questão não é essa!

– Então, qual é a questão?

– A questão é... a questão é... oras, você sabe!

– Não, não sei, não. Você está me enrolando há exata meia-hora, sem querer me dizer por que diabos não quer sair no fim-de-semana. Isso depois de ter feito eu trocar o turno na fábrica e ser obrigado a compensar no domingo!

– Tá vendo? É por isso que eu não queria falar nada contigo. Sabia que ia me jogar na cara depois.

– Mas eu não estou jogando nada na cara, criatura! Eu só quero saber o que aconteceu!

– Não grita comigo!

– Não estou gritando coisa nenhuma. E para de mudar de assunto, que eu sei que você só quer é desviar a minha atenção. Me diz logo o que está te impedindo de ir comigo. É outro cara, é isso?

– Claro que não! Que ideia! De onde foi que você tirou uma coisa dessas? Tá achando que eu sou o quê?

– Bom, você fica me enrolando aí...

– Ok, vou falar o que aconteceu. Bem, é que, sabe as meninas?

– Sim, suas amigas. O que têm elas?

– Então, é que elas queriam muito ir ao shopping e eu juro que tentei falar que não dava, que ia me encontrar com você, mas eu não consegui. E você sabe como é a Claudinha, que não sossega enquanto eu não faço as vontades dela e...

– Tá, tá, tá. Eu já entendi. Mas, sério, mesmo, que você vai deixar de sair comigo por causa das tontas das suas amigas?

– Ai, amor, não fala assim... as meninas são ótimas e foi só um deslize, puxa! Além disso, você pode ir com a gente.

– Ir com vocês? Tá louca? Se eu for com vocês, vai ser melhor dar um tiro na cabeça antes, porque eu vou ter que esperar horas pra vocês decidirem qual sapato combina mais com qual bolsa, qual o vestido mais in e o mais out e todas essas coisas que as mulheres falam e que eu não dou a mínima.

– Também não precisa ser grosso, seu, seu... insensível!

– Não, ei, amor, calma aí. Desculpa, eu não medi minhas palavras, mas não precisa chorar. Me desculpa, tá legal?

– Não sei, vou pensar, snif.

– Vamos fazer assim eu vou com você, então, que tal? Ainda aproveito e compro alguma coisa legal para minha gatinha linda, pode ser?

– Aí, amor, você é o máximo! Eu não sei o que seria de mim sem um cara tão legal quanto você na minha vida!

– Bem, amor, eu vou indo, pois tenho que trabalhar cedo amanhã. Nos vemos no sábado?

– Sim, até sábado, amor.

– Até mais, beijão!

.

.

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– Alô, Claudinha? Claro que consegui, sua boba! Sim, ele vai levar a gente até o shopping. Hã? Carregar as compras? Claro! Afinal, por que você acha que eu estou levando meu namorado a tiracolo?

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