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Lição de Moral

Bem, não é uma lição de moral de verdade, mas eu escrevi o texto a seguir em um dos meus raros momentos de reflexão. Como este, há vários textos meus que são escritos de impulso e nunca mais são revisitados. Acho que é para preservar a pureza do momento da criação.
Alguns dos meus textos ficariam até melhores se fossem reescritos. Outros não. E é por isso que eu tenho tendência a não reescrever nada. Estou mudando isso para o livro que estou escrevendo, pois um livro não tem mesmo como ser escrito de um fôlego só, a não ser que seja um livro apenas de reflexões.
Mas, aqui estou refletindo acerca de minhas reflexões. Se continuar assim, vou acabar ficando mais doido do que já sou.
Enfim, o texto a seguir é um pouco sobre a liberdade, mas também é um pouco mais do que isso. Também é um texto antigo, mas, se não for o último, é um dos últimos da minha antiga safra. A partir de agora, começo a publicar textos de dois anos para cá. (Sim, demorei anos para voltar a escrever textos.) Por causa disso, a visão muda, os temas continuam em constante mudança e eu mesmo mudei. Estou reaprendendo a escrever, voltando a fazer parte dessa maravilhosa aventura que é viajar no mundo das letras como autor, em vez de leitor.
Espero que gostem do que vem a seguir. Sem mais:


Um Tratado Sobre Liberdade
Bruno Leandro

            Sangue e carne. Vida e morte. Somos parte de um só ser. Toda causa tem uma conseqüência. Toda ação tem uma reação. E o que dizer de nossos atos? Será que agüentamos os resultados deles? Podemos viver com o que provocamos? Afinal, por que tantas perguntas? Por nosso próprio motivo.
            Tudo o que temos feito no mundo, tende a voltar como um bumerangue. A cada passo que damos, temos que olhar para trás. É a única forma para termos alguma noção de que não estamos sendo perseguidos pelo que fizemos ou dissemos. E é bom prestar atenção, já que você pode ser responsável pelo que acontece em sua vida. Seja bom ou ruim.
          Vamos pensar desta forma: basicamente, o ciclo da vida do ser humano consiste em nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer. Mas é só isso? Quero dizer, não há nada a mais? Claro que há. E é isso o que conta.
            Os atos que você planta são os que colhe. Só que amplificados muitas vezes. Você não pode e nem deve viver irresponsavelmente. Ter liberdade de viver e agir, não significa que você possa se expressar como queira, não se importando com os sentimentos dos outros.
            Como já disse antes agora repito: Pense antes de agir. Não viva passando por cima dos outros. Meça as conseqüências dos seus atos. E, acima de tudo, não fira os outros com suas ações. Esta, sim, é a verdadeira liberdade. A que vem com a responsabilidade.

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