sábado, 12 de março de 2011

Meu primeiro post.

Olá, pessoal! Este é o meu primeiro post e estou ainda descobrindo como usar o Blogspot. Então, como eu não sei nada de html, vamos deixar o visual como está, né?
Ah, sim, eu sou uma pessoa normal, que usa "né", "pra", "caramba", entre outras. Não esquentem com isso, ok? Dentro dos textos eu escrevo de acordo com o padrão necessário, então me dou a liberdade de não ser tão rígido nas postagens.

Uma pequena observação: É impossível escrever textos, contos, crônicas e o que mais vier diários. Vou tentar fazer postagens de semanais a quinzenais no blog. O que também é bom, pois vocês podem ler com calma e fazer suas críticas. Todas são bem-vindas (ou será bem vindas? Maldito acordo ortográfico!!!), desde que construtivas. Já que eu já escrevi alguns textos ao longo da minha vida, vou começar por estes. Depois, com o passar do tempo, vamos chegando à minha produção atual. Espero ter evoluído, rs.

Bom, é isso aí. Espero que gostem. E, para começar, vou colocar um bônus: são quatro textos de uma vez, sobre o mesmo assunto, mas com abordagens diferentes. O primeiro texto foi escrito quando eu tinha 14 anos, por causa de uma redação escolar. De lá pra cá, essa idade dobrou e, no meio do caminho, fui criando os outros textos. No fim, chamei a coletânea de "Morte em Retrospecto". Vocês verão porque.

Abraços a todos, curtam os textos e, por favor, comentem!



Culpa
Bruno Leandro



É meia-noite. A chuva cai pesada lá fora e estou sozinho. Há quatro anos minha amada partiu. Chamo-me Luciano e vou contar o que aconteceu comigo e com minha amada Rachel...
...Lady e Tom, meus cães de estimação, latiam, anunciando sua chegada. Havia eu colocado nossa música, uma suave valsa. Íamos nos casar e eu estava muito ansioso. Ela chegou, bela e formosa como sempre foi.
            Ouço um tiro. Seu corpo cai pesado sobre mim e seus lábios silenciam-se. Está morta. Sinto um vazio em meu peito e choro, perguntando: por quê? Soube depois que seu algoz era um antigo romance.
Por meses vaguei, incerto, pelo mundo a procura de tão vil ser humano. Encontrei-o na Inglaterra, junto das mais belas prostitutas a quem seu dinheiro pôde comprar.
Vinguei-me! Sujei minhas mãos com seu sangue de assassino e vivi todos os meu dias em extrema infelicidade.
E agora, espero a visita da Morte, que vem à busca de minha alma, pelo favor da vingança que me concedeu.
Sinto que a vida me esvai. Meus cães uivam e latem, num misto de dor e agonia por algo perdido. Pancadas os aquietam. Estou morto.



Revelação de Culpa

Bruno Leandro


É uma triste verdade a que conto, mas ela tem de ser dita. A dor no meu coração aperta meu peito e sufoca minha alma. Deus! Por que cometi aquele crime? Sei que não sou digno de seu perdão, mas me permita aliviar o meu tormento.
Todo o meu pecado começou quando ela me abandonou. Por quê? Eu a amava! Mais que isto, a adorava! Oh, dor, por que me permiti tão terrível ato? Qual era sua culpa, se não a de não mais me amar?
Ela foi sincera e honesta, terminou nosso relacionamento quando não mais me gostava e só muito depois se apaixonou por outro. Eu deveria tê-la deixado em paz. Infelizmente não fiz.
Segui-a por muito tempo, tentando retomar nosso relacionamento. Como não consegui, a vingança cegou meus olhos. Aquele homem havia tomado a razão da minha vida. Eu tomaria sua própria vida.
Preparei-me para destruí-lo. Seria no seu auge, no momento em que ele pretendia para sempre dela me separar. Eu o destruiria em seu casamento e aquele se tornaria o meu. E assim começou.
Ela estava linda, com toda a sua eterna formosura. Talvez por isso, meus dedos tremeram. Devido a isso, meus olhos lacrimejaram. Mesmo assim atirei. Mas que horrível engano cometi!
Errei meu alvo! Quão triste foi aquele momento, em que a inocente se pôs diante do culpado, me fazendo ceifar sua vida, ao invés da do pecador! Após aquilo, minha vida não tinha sentido. Eu mesmo queria morrer.
Se a Morte me vier, quão bela sua fria visão ser-me-á. Se a vida me destruir, que seja! No entanto, não acredito que mereça tal prêmio.
Deus! Mandai-me um anjo vingador! Atendei minhas preces! Sei que a vida de minha adorada Rachel não pode ser devolvida em troca da minha. Contudo, estou preparado para unir-me a ela. E nada em minha existência me faria mais feliz.



Um Relato Sem Culpa

Bruno Leandro


Narro minha triste morte de tristes motivos. Devido a inveja, ciúmes e tantos outros sentimentos negativos, estou separada de meu amor ao que já parece uma eternidade. Quem sou? Sou Rachel. Meu noivo? Luciano. E meu assassino? Rodrigo.
Em princípio, eu o amava. Entretanto, sua obsessão e desejo de posse, me afastaram cada vez mais. Até que decidi me separar.
Dei-lhe a notícia com profunda dor, pois ainda gostava dele. Sua reação não foi boa e fortaleceu ainda mais minha convicção.
Muito se passou e ele continuava a me perseguir. Mesmo depois de ter encontrado meu novo amor e estar prestes a contrair núpcias, ele insistia em que fugíssemos juntos e fossemos felizes longe de tudo e de todos. Parecia não entender que era eu quem não o queria mais. Novamente o expulsei para longe de mim e me preparei para meu casamento.
O tão esperado dia chegou! Havia o som de uma valsa, nossa música, no ar. Seus cães latiam alegremente, como que me cumprimentando por minha chegada. Tão contente e distraída estava, que não percebi o que ocorria, ou as intenções daquele que por trás de mim se postava. Até que já era tarde demais.
Ouvi o barulho de um tiro, apenas um, e senti-me desfalecer. Não senti a dor, assim como não senti mais nada.
Se a bala era para mim ou Luciano eu não mais saberia, pois morri naquele mesmo momento, exatamente onde mais gostaria: nos braços de meu amado, o lugar mais doce para meu triste fim.
Daquele homem que me matou, deveria guardar rancor, raiva ou mesmo ódio. Ainda assim, o perdôo. Perdôo-o de todo o meu coração e com todas as minhas forças, para que dessa forma, quem sabe, ele encontre a paz.



Tragédia em quatro atos.
Bruno Leandro



1º ato - Rachel era amada por Rodrigo e também o amava. Rodrigo, no entanto, era muito ciumento e possessivo, o que acabou por fazer com que Rachel se afastasse dele e se apaixonasse por outro. Seu nome era Luciano.

2º ato - Luciano e Rachel pretendem se casar, o que desperta raiva e sentimentos de vingança em Rodrigo. Este, por sua vez, se prepara para um assassinato, o qual se dará imediatamente antes da cerimônia.
Apenas um tiro é disparado, sendo Rachel a vítima. Luciano chora sobre o corpo e Rodrigo foge com o peso da culpa em suas costas.

3º ato - Luciano corre pelo mundo à procura de Rodrigo, que se refugiou na Inglaterra, onde passa seus dias e noites vagando de prostíbulo em prostíbulo. Luciano o encontra num dos mais famosos bordéis de Londres e acaba por matá-lo, deixando seu corpo inerte para trás e fugindo rapidamente do local.

4º ato - Quatro anos se passaram desde a morte de Rachel e três da de Rodrigo. Luciano se encontra agora muito doente sobre sua cama, onde definha e agoniza há meses. Esta noite, porém, será diferente e seus cachorros, como que pressentindo o porvir, latem tristemente. A empregada os espanca até que se calam e volta para junto do leito de seu amo, apenas para constatar que ele está morto.

4 comentários:

  1. Foi muito bom ler esses textos denovo. É engraçado que mesmo que tenha sido pela terceira ou quarta vez eles continuem tão intrigantes. Bem-vindo ao BLOGSPOT! Fico contente em poder acompanhar suas produções aqui. Pode me considerar leitora assídua desde já! Boa sorte com a divulgação do seu trabalho. Beijos~

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  2. Brigadão pelo comentário, Rayza!
    A intenção é essa, de sempre postar meus textos novos e antigos. E, assim que eu aprender, colocar um layout mais agradável, com menos cara de filme de terror.
    Beijão!

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  3. A culpa

    "E agora, espero a visita da Morte, que vem à busca de minha alma, pelo favor da vingança que me concedeu.
    "

    Profundo e ao mesmo tempo angustiante esse trecho.

    Belo texto!

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    1. Fiquei muito tempo afastado do blog e não cheguei a ver seu comentário à época, mas muito obrigado, Flávio. Espero que tenha acompanhado e curtido as postagens.

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