quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A polêmica da literatura "lixo" e dos autores e blogueiros autores de "lixo"

Não sei se deveria, ou não, ficar calado sobre essa polêmica de blogs, mas acabei me resolvendo por fazer algumas observações:
Em primeiro lugar, confesso que o texto me incomodou - e muito. Não, como podem achar alguns que vejam este meu blog pela primeira vez, por escrever em um blog de resenhas, pois o meu não se destina a isso e eu não pretendo que se torne algo do tipo. Me incomoda, sim, pela fato de que as pessoas têm se agredido gratuitamente. A começar, obviamente, pela autora do texto original (que, aliás, pode ser encontrado aqui: http://www.literal.com.br/artigos/nao-sou-de-outra-geracao-nem-senil-sou-realista-1).
Em outro blog, este, sim, de resenhas
(http://www.minhavidaporumlivro.com.br/2012/02/perigosamente-preconceituoso.html?showComment=1330564205745#c1463321496973991631), vi um comentário que me deixou muito incomodado e que me fez ter de comentá-lo. A única coisa que farei é copiar e colar a minha resposta a tal comentário, que tem sido um dos últimos até o momento. Como a pessoa que comentou no blog em questão o fez na posição de "Anônimo", vou reproduzir aqui o que a pessoa colocou de maneira integral e, em seguida, minha resposta, também integral:

O comentário:
"É, parece que poucos mesmo entenderam o que a senhora Caldeira Brant quis falar.
Mas bem feito para ela.
Como diz o ditado: Noli proicere margaritas ante porcos”! 
Hi, será que vão entender ou vão ter que colocar no Google tradutor?"

Minha resposta:
""Não poste/ponha/coloque margaridas diante de porcos", ou, como foi adaptado para o português: "Não jogue pérolas aos porcos"? Fiz alguns períodos de latim na faculdade e não precisei usar o tradutor do Google para saber o significado de suas palavras tão agressivas. Não acho, porém, que seria uma vergonha usá-lo.
Achei que o primeiro "anônimo" foi uma pessoa de mau-gosto, sem respeito algum por outros, considerando que sua "ídola" Caldeira Brant está em um patamar inacessível pela maioria.
Porém, não vim aqui para brigar inutilmente com alguém que, por não estar registrado no blog, talvez nem mesmo volte para ver meu comentário.
Gostaria, no entanto, de fazer apenas um pequeno adendo à discussão: Não é pela ofensa que se ganha uma discussão inteligente. E falo isso para os dois lados, tanto da psicóloga, quanto aos que a xingaram. Discussões se ganham, ou, pelo menos, se enriquecem, com argumentação, seja lógica ou emotiva, mas com argumentação pura e simples.
Tenho acompanhado a "briga" à distância, mas creio que ela tenha se tornado muito mais do que deveria ter sido. Afinal, mesmo que tenham sido ofendidas, e foram, as pessoas não deveriam ofender de volta, pois a psicóloga, que teria perdido sua razão ao fazer o que fez, acabou se tornando uma vítima, se não mártir, dos ataques desnecessários.
Eu também sou leitor de clássicos, de livros atuais, sou um apaixonado por fantasias e não me empolgo tanto com a realidade. Acho interessante que as pessoas achem que fantasia somente se escreve hoje em dia. Drácula, um clássico, é fantasia. Frankenstein, idem. Viagem ao Centro da Terra? Pura ficção científica. Ou alguém ainda hoje acredita que é possível passar pelo centro da Terra com facilidade?
Enfim, quis fazer este já não tão pequeno adendo pelo fato puro e simples de que detesto elitismos e a necessidade de pessoas quererem estar acima de outras, mesmo que seja em patamar cultural.
Um abraço a todos, que essa discussão, caso continue, seja mais frutífera, pois será assim que ela terá um nível melhor."

Eu me pergunto, e os pergunto, meus amigos e leitores, é, por um acaso, a educação um artigo de luxo, que falta até mesmo aos que se dizem "superiores"? Deixo a questão para que vocês pensem sobre ela.

Cordiais abraços a todos, pois acho que cordialidade e educação são acessíveis a todos, desde que as queiram.

Um leve desabafo

A Banalização da Violência
Bruno Leandro

É engraçado como no Youtube cenas de sexo explícito são proibidas. Não discordo, têm que ser proibidas, mesmo. Mas violência pode. Pode? Não pode! Não deveria poder, na verdade.
Sou contra exibições de brigas, maus-tratos e espancamentos no Youtube. Por quê? Porque sou contra a banalização da violência.
Hoje em dia as pessoas não se chocam mais com a violência, pois estão tão acostumadas a vê-la que esta se torna algo corriqueiro. E o que vem daí? A violência se torna algo banal, a ser, inclusive, debochado. Um exemplo? Um cara mata a mãe, fala uma frase que é considerada "engraçadinha" e isso vira hit/meme da internet. E a mãe que ele matou? Ah, já está a sete palmos, mesmo, pra que se preocupar com isso?
Aliás, se fossem só as palavras, eu ficaria até satisfeito. Mas, e os atos?
Duas crianças - isso mesmo: crianças! - brigam, arrancam os cabelos uns dos outros e seus amigos (?) gravam e colocam no Youtube, para todos verem. Acessos? Inúmeros. Críticas? Poucas, quando existem. No geral, aparecem várias pessoas para botar lenha na fogueira e dizer que "está certo", que "tem que enfiar a porrada, mesmo", que "se fosse eu, batia até tirar sangue". Como é possível uma coisa dessas? A que ponto chegamos, de debocharmos da violência sofrida/praticada por crianças? Crianças que, aliás, deveriam se preocupar com brincadeiras, com jogos, com a vontade de ficarem adultas logo, mas não com esbofetearem umas às outras e acharem isso bonito. Não sejamos hipócritas, isso sempre aconteceu e sempre acontecerá. Quantos de nós não brigamos ou batemos ou apanhamos quando éramos pequenos? A minha preocupação é com isso se tornar “comum”, “normal”, “digno de ser exibido na internet”. Será que isso é certo? Eu não acho, acho doentio.
Estamos ficando cada vez mais frios, cada vez mais distantes. Será que há uma cura para isso? Será que pararemos um dia de ligar para o sofrimento alheio? Sinceramente, eu prefiro não estar mais neste mundo quando isso acontecer...

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Reflexões de um simples acontecimento.

Olá, pessoal.

Desculpem os meus constantes sumiços, não há desculpas para eles, se não a falta de imaginação e ânimo. confesso que estive desanimado neste início de ano e não tenho escrito ou produzido como queria. Espero que isso comece a mudar, agora que a faculdade retornar. Afinal, é sempre quando não podemos tê-las, que as melhores ideias se anunciam.

Mudando de assunto, o texto de hoje foi inspirado por um amigo, que me propôs um "desafio literário", ao qual ainda estou devendo uma revanche e pretendo pagar assim que possível.

Eu gosto de "viajar na maionese", de pensar em coisas fora da lógica comum. e não vejo nada de errado nisso. Acho, até, muito bem-vindas as minhas viagens. É bom sair um pouco do lugar-comum, mudar seus pensamentos e olhar as coisas sob uma outra ótica. e vocês?

 Não direi mais nada, apenas vou convidá-los a uma reflexão:


Um Simples Queda
Bruno Leandro

Envolta em silêncio, ela cai como um corpo lançado no ar.
A agonia do momento em suspenso é a de uma respiração presa e a do instante parado, eternizado naquele simples cair de uma distância prolongada pelo pensamento.
Há algo de poético em seus giros acrobáticos, reveladores das diversas nuances que habitam suas singelas faces diametralmente opostas e diferentes em sua simples essência.
As aparências, enganadoras, demonstram mais do que aquilo que conseguem esconder.
Há um jogo de luz e sombra, que se perseguem sem nunca conseguirem alcançar uma à outra, mas brincam com a possibilidade do encontro, em uma travessura desconhecida para os simples mortais.
O som é imaginado mesmo antes do toque não suave do metal ao chão.
O vácuo de tempo se enche de vazio e um breve tilintar preenche o universo nos espaços de tempo entre os segundos.
Tlin, uma volta. Tlin, uma revolta. Tlin, uma reviravolta.
A revolução se torna cada vez mais rápida e a ilusão sonora diminui até se extinguir.
Uma simples queda, tantas implicações.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Borboletas e Mariposas

Acabou de passar uma mariposa pela janela. Como é engraçado que uma borboleta e uma mariposa sejam tão diferentes e tão parecidas. Ambas são belas, às suas maneiras, e ambas são resultado de uma vida inteira de transformações, que, frágil, dura pouquíssimo tempo. Sua diferença mais marcante é a luz. Enquanto as borboletas vivem na luz do sol e são banhadas por seu brilho, as mariposas vivem nas trevas e lutam para alcançar a luz. Geralmente, essa luz não é bela e acolhedora, mas apenas uma tentação mortal.

Por que é tão mais difícil ser uma mariposa e tão mais fácil ser uma borboleta? Por que é tão pior a tentativa de sobrevivência em meio às trevas? Por que viver eternamente na noite nos torna cinzentos e desprovidos de vida? São muitas as perguntas, mas engana-se quem pensa que a luta pela sobrevivência nas trevas seja mais difícil do que na luz.
Será que alguém já percebeu que a luz é algo transitório, com duração tênue? Que estar na luz é estar muito mais exposto a inimigos que nas trevas? Que as trevas podem proteger, acolher e enganar os sentidos de seus inimigos, mas que a luz não é capaz de garantir segurança? A luz não esconde, revela. Ela não protege, expõe. Sim, caros, a luz pode ser tão cruel quanto as trevas. E isso quer disse que as trevas são melhores do que a luz? De forma alguma! Elas, assim como as mariposas e borboletas, são de naturezas completamente opostas e complementares. Uma mariposa se recusa a existir na luz, bem com uma borboleta é incapaz de se integrar às trevas. Elas são diferentes e isso não pode ser mudado, apenas observado e admirado.
A vida é uma selva, as luzes e as trevas são faces de uma mesma moeda e as borboletas e mariposas fazem o seu melhor para se manterem vivas. Cada uma está melhor ou pior adaptada de acordo com o ambiente em que se encontre.

E o que é melhor? Ser uma mariposa ou uma borboleta? Difícil decisão...


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Nem sempre tudo é paz e amor...

Sim, eu às vezes fico muito irritado. acho que o barulho, a falta de respeito, a televisão, a falta de noção das pessoas... Tudo isso e mais um pouco me deixa irritado demais. E com vocês?


Irritação
Bruno Leandro

Irritação. Não tem outro nome para definir o sentimento. Barulho, falatório, desconcentração... Você decide. Nossa,  é tão chato, às vezes! Não ser capaz de pensar, raciocinar, virar um ser puramente emocional. E a emoção é essa: irritação!
Imagine-se um pai de família, um filho, uma mãe, uma tia... Enfim, imagine-se como você mesmo ou você mesma. Agora, imagine que você não tem privacidade. Horrível, não? Imagine, agora, que você não tem paz ou sossego. Imagine barulho, muito barulho. Imagine muitas pessoas falando à sua volta, zumbindo como moscas de padaria, ou como abelhas, lá, bem lá dentro do seu cerebelo. Aliás, não precisa ir tão longe, é só passar por dentro do ouvido, seja o esquerdo ou o direito, virar na curva do labirinto e pronto! Desgraça total! Juro que queria raciocinar melhor, mas o barulho, a confusão, nada me deixa em paz.
É estranho, isso, de pensar que outras pessoas, em outros lugares, conseguem trabalhar em paz, sem perturbações da menor natureza. Não sei se isso é possível para mim. Na verdade, nem sequer sei se eu conseguiria trabalhar na mais completa paz e silêncio. Afinal, estou tão acostumado ao barulho, à confusão, que acho que eles fazem parte do meu processo criativo. Curioso? Estranho? É, eu também acho... E a televisão, então? Ah, essa terrível inimiga das mentes criativas! Um barulho que entra e sai, as inutilidades de programas que esvaziam o cérebro e desvirtuam os costumes...
Detesto televisão. Minto, não detesto. Acho que televisão é legal, mas, assim como a internet, tem que ser usada com parcimônia, com limites, principalmente de volume. Último volume perto da meia-noite? É mesmo sério, isso? E pra dormir, como se faz?
Sono? Sinto sono mais demoro cerca de uma hora me remexendo na cama. Por quê? Porque a televisão, os gritos, os vizinhos, as pessoas, os seres (in)/h/umanos. Cachorros, gatos, periquitos e papagaios também atrapalham. Mas eles são até inocentes. O que eu acabo não suportando são os humanos, sempre reclamando, sempre acusando uns aos outros, sempre dizendo que não quando é o sim e o contrário quando é o certo. E, quando é com eles, quando é a vez deles, o que fazem? Agem da mesma forma. Quanto egoísmo!
É, estou muito irritado. O pior de tudo é que não sei nem bem por que...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Quase um Balzaquiano

Olá, pessoal. Tudo bem? Sentiram minha falta?

Em primeiro lugar, desculpem por não ter postado praticamente nada no blog nos últimos tempos, mas é que eu estava de férias e precisava descansar, recarregar as baterias de tudo, sabem? Ficar pronto para outro. Para isso, eu precisava viajar e esquecer um pouco que a internet existia. Não tive total sucesso, claro, mas consegui escapar das redes sociais e, apesar de amar escrever, me distanciei do blog, também. Eu precisava me desligar de tudo isso, nem que fosse um pouco, voltar ao mundo real e lembrar que existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonham as paredes da minha casa e a minha conexão wireless. E o que dizer das minhas férias? Foram ótimas, me diverti muito, fui à praia (um dia só, infelizmente, pois São Pedro estava de sacanagem com a minha cara e fazia chover quando eu queria sair; resultado: traumatizei), passeei, shopping e coisas assim. Joguei muito videogame e curti um tempo longe do Rio de Janeiro, viajando para São Luís e me hospedando na casa de um amigo que já não deve mais me aguentar, de tanto que vou pra lá, hehehe. Mas, voltando ao título da postagem...

Pois é, meu povo, eu estou quase chegando aos “-inta” (de onde a ida para os “-enta” é sem volta) no dia de hoje. 29 aninhos, corpinho de 35, mentalidade de adolescente, maturidade de alguém mais velho e jovialidade (achei esta palavra jogada aqui no baú de casa) de alguém mais novo. Energia e disposição não me faltam e, olhando para frente, sei que ainda há muito a ser feito. E o que muda com os 29? Acho que nada. Quer dizer, se a gente for parar pra pensar, precisa mudar alguma coisa? Quero dizer, não é só porque eu mudei um dígito na minha idade que tenho que ser outra pessoa, não é verdade? Claro que quero mais realizações, mais saúde, mais alegrias, mais dinheiro, mais tudo que for de bom. Só não acho que um ano a mais vai mudar algo nisso.

Por outro lado, há coisas que quero, sim, mudar, metas novas a alcançar e mundos diferentes que quero explorar. E digo isso dentro e fora da fantasia. Quero continuar escrevendo meu livro e meus contos, criando cada vez mais mundos fantásticos e tornando a própria realidade um pouco mais fantástica no processo. Quero, também, alcançar as estrelas e dominar tempestades, cavalgando trovões que duram menos de um segundo. Quero mergulhar em mares de magia e oceanos de improbabilidade. Quero isso tudo e muito mais. Pena que um ano a mais não permita tudo isso. Porém, quem sabe vários não tragam o efeito desejado? Ah, meus sonhos...

Bem, pessoal, esse é meu texto de hoje. Não haverá um conto, uma poesia, ou mais devaneios dos que eu já coloquei nesse pedacinho de papel virtual. Hoje é meu dia e quero aproveitá-lo da melhor maneira possível. Tenham todos um ótimo dia e, claro, Feliz Aniversário para mim!