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Mostrando postagens de agosto, 2011

Sacrifício Terapêutico

O texto de hoje nasce de uma antiga revolta minha em relação a como as pessoas tratam seus animais. Para quem não conhece o significado, eutanásia é o termo utilizado para quando os aparelhos de suporte de vida de alguém são desligados, geralmente porque essa pessoa teve morte cerebral e não vai retornar à vida (quando o cérebro morre, não há retorno). Tá, mas o que isso tem a ver com a minha revolta? Leiam meu texto a seguir: A Eutanásia Terapêutica Bruno Leandro Sei que o termo parece estranho, já que não há como eutanásia ser terapêutica, mas a verdade é que não estou para falar de seres humanos, apesar do título. Este texto é sobre animais. Sim, animais. É verdade que reservamos o termo “eutanásia” para o desligamento de aparelhos de seres humanos que sobrevivem (subvivem) ligados a suportes vitais. É também verdade que, quando falamos de animais doentes, utilizamos um outro termo, mais pesado: sacrifício. Mas o que seria o sacrifício de animais, se não uma “eutanásia terapêutica...

Declare guerra a quem finge te amar, declare guerra...

Guerra. Sempre um assunto triste, sempre um assunto delicado, sempre um assunto em que não gostamos de pensar, mas que, queiramos, ou não, a todo momento nos é jogado na cara. Agora mesmo, enquanto digito estas linhas, e nesse outro agora em que elas são lidas por você, meu querid@ leitor(a), há guerras eclodindo ou chegando a seu ápice em algum lugar do planeta. Sabem o quanto isso é triste, saber que há pessoas se matando por motivos que supostamente sejam importantes, mas que não chegam perto de serem? Territórios, religião, política, superioridade de pensamento, raça, etc... É desanimador. A guerra é cada vez mais um comércio, por isso ela evolui a todo momento. Chegará o dia, quiçá, que não reste mais humanidade por culpa da imbecilidade da guerra. Espero não estar aqui para ver chegar tal dia. Apesar da introdução melancólica, não é meu objetivo fazer uma crônica de guerra, mas um conto. Espero que gostem do que eu escrevi e podem dar suas opiniões ao final. Aproveitem! A...

Quem tem medo do Lobo mau?

Quem tem medo do Lobo Mau? Eu tenho. Você não tem? Mas deveria. Ou será que não? Quem tem medo do Lobo mau? Bruno Leandro O apelido de Chapeuzinho Vermelho veio no ensino médio. Também, o que se poderia esperar quando você namorava alguém com o apelido “Lobo”. Lobo tinha este apelido porque tinha um jeito feroz, selvagem, quase animalesco. Menos comigo. Comigo ele era doce, sensível e fazia tudo para me agradar. Ouvia cada uma de minhas palavras e vivia elogiando meu perfume. Acho que foi isso que me atraiu nele, esta mistura de selvageria e pureza, se é que as duas poderiam coexistir. Com o tempo o apelido de Chapeuzinho Vermelho foi encurtado e passaram a me chamar de Chapeuzinho. Continuei achando o apelido ridículo, mas parei de ligar para isso. Não demorou muito e, logo após o colégio terminar, nos casamos. Foi então que descobri a outra face de Lobo, aquela animalesca, que ele nunca me revelava. Começou a me bater, espancar, até sair sangue. Tornei-me vítima d...

Dia dos Pais

Bem, hoje é dia dos pais. Acaba que eu não tinha preparado nada para a data, mas resolvi escrever um texto curto, um conto, meio à pressas, para falar um pouquinho desta data especial para muitos de nós. Tanto para os que são filhos, quanto para os que já são pais. Até mesmo para aqueles que serão. Espero que este texto sirva para relembrar-nos o verdadeiro significado de todas as datas comemorativas. Sem mais: Feliz Dia dos Pais Bruno Leandro Afonso corria desesperado pela rua. Todas as lojas já estavam fechadas, já que passava da meia-noite de sábado para domingo. Como ele pudera ser tão insensível com uma data tão especial? Era dia dos pais, o primeiro que passaria com o seu depois de três longos anos em que não se viram e Afonso queria fazer algo que impressionasse seu pai. Mas como impressionar alguém que você não vê há tanto tempo? O que dar? O que dizer? Afonso desejava o melhor para seu pai e precisava demonstrar isso. Afinal, não tinha sido ele que cuidara de suas febres e...

Fugindo do Assunto de Novo

Acho que vou acabar fazendo uma sessão aqui no blog chamada "Fugindo do Assunto", porque é o que eu mais faço, rs. Nas minhas andanças pela net, acabei vendo este vídeo que fala sobre preconceito e, como eu já postei um texto recentemente sobre o tema, achei legal pôr aqui o vídeo, muito benfeito, por sinal. Nem vou falar muito, mas peço que prestem atenção à genialidade da coisa. Espero que curtam! Bem, enquanto estava fechando o blog, acabou aparecendo este outro vídeo que há tempos eu procurava e que trata de racismo com essa mesma óptica de inversão. O vídeo é longo, na verdade um curta, e tem 22 min. Mas acho que foi muito bem-produzido e levantou vários questionamentos. Se tiverem tempo e paciência, aproveitem e vejam também:

Conto de Bruxa

Faz já um tempo que não posto nada sangrento por aqui. Que tal misturarmos sangue e fantasia? Bruxas povoam nossa imaginação desde pequenos. Nossas mães nos contam histórias onde as bruxas tentam matar princesas e devorar criancinhas e nós acreditamos e choramos de medo. Mas crescemos e descobrimos que bruxas não são reais. Neste mundo. E em outros mundos, será que são? A Rainha-Bruxa Bruno Leandro A rainha-bruxa foi traída. Entregue por seus vassalos, ficou decidido que ela seria queimada na fogueira. A rainha-bruxa está morta. Longa vida à rainha! Mas,... um ano depois... O capitão da guarda estava preocupado. Muitas servas estavam desaparecendo misteriosamente. Pouco depois, elas eram encontradas mortas, dilaceradas como se devoradas por algum animal, ou sem sangue pelo corpo ou, mesmo, sem carne alguma em seus ossos, sobrando apenas roupas e acessórios para sua identificação. Uma busca minuciosa foi feita pelos arredores do palácio, bem como dentro do próprio pal...

Poesia de Quinta

E aqui estou eu com uma nova "Poesia de Quinta". Resolvi apelar e ser mais erótico desta vez. Será que agrado? Não deixem de me dizer. A Língua Bruno Leandro A língua lambia. Dava voltas e mais voltas. Explorava todos os recônditos. Deslizava pelas maciezes morenas, rosadas, amarelas. A língua em chamas passeava, ora lenta, ora inadvertidamente rápida, como um turbilhão giratório. A língua se movia por todos os recantos e nuances, seguia todos os contornos, sentia o sabor doce e azedo. Lambia a fenda gelada. Sugava o néctar que escorria. A língua fazia parte de uma boca. Uma boca que mordia com força. Mordia com prazer. Mordia de arrancar pedaços. Mordia gulosamente até reduzir a nada. A língua lambia os dedos melados. E do sorvete não sobrava sequer a casquinha.

Aprendendo um pouco sobre fadas e duendes.

Fadas e duendes... existe algo mais bonito e mais puro? Existe algo mais inocente? Porém, engana-se quem acha que fadas e duendes são puros e inocentes. Quem já leu "Sonhos de Uma Noite de Verão" sabe bem do que estou falando. Duendes e fadas podem ser terríveis, se necessário. Sobre Fadas e Duendes Bruno Leandro Era meia-noite e a clareira estaria normalmente deserta, não fossem as pequenas luminescências que indicavam a presença de uma comitiva de fadas. Com elas, encontravam-se naquele momento os duendes e todos decidiam o destino do seu mundo. – Com que então as bruxas resolveram nos atacar? – quem falava era a rainha das fadas, Titânia, esposa do rei da floresta e dos duendes, Oberon. – Ouvi dizer que elas estão esperando apenas a próxima ocasião de seu Sabá, quando, então, terão força total para o enfrentamento – o emissário do rei duende, que estava acamado pela última batalha contra as bruxas, tomou momentaneamente a palavra. – Mas, minha rainha, será verdade?...