segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bienal do Livro – Eu Fui! (parte 1)


Post muuuuito atrasado sobre a Bienal, mas a minha vida não está fácil, meu povo. Antes de mais nada, quero dizer que dividi este post em duas partes, que serão postadas hoje e amanhã, já que o texto original ficou enorme.
Bom, eu queria falar da Bienal e de como foi finalmente participar de uma (em meus 28 anos de vida, nunca havia tido a oportunidade). O que posso dizer da experiência? Muito boa!
Meu debut na Bienal aconteceu no feriado passado, dia 07/09/2011 – uma data que vou lembrar pro resto da minha vida, afinal foi algo mágico.
Começo dizendo que não participei de nenhum dos eventos, só passeei (e muito) pelos stands de livrarias e que ainda por cima fui sozinho, sem amigos ou qualquer outra companhia. Por sorte, encontrei muitos amigos e conhecidos por lá, comprei alguns poucos livros (mais de 200 reais mais pobre, mas uns 15 livros mais rico, hehehe) e pude ver que realmente amo livros. Sério, eu não sabia pra onde virar, pois eram tantas as opções que não deu pra dar conta de tudo. Mas, fazer o que, né? Daqui a dois anos tem mais e, quem sabe com alguma sorte, eu não vá já como autor?
Voltando à Bienal, devo dizer que estava cheia, lotada. Era feriado e, além disso, dia de Anne Rice. Precisa dizer mais?



A Odisseia.
Antes de contar como foi meu dia na Bienal do Livro, vou contar minha pequena odisseia pessoal para chegar lá: acordei não muito cedo, por volta de umas 9h da manhã e me arrumei, tomei banho, etc. Resumo: saí de casa umas 10h20min. Até aí, sem problemas. Afinal, eu tenho ônibus que passam aqui perto de casa e me deixam na porta do Riocentro (literalmente). Ou melhor, tinha. Descobri depois que, por causa da Parada de Sete de Setembro, o trânsito foi desviado e muitos ônibus deixaram de passar pela Presidente Vargas. Adivinhem se o meu estava no meio? Pois é, fui premiado!
Depois de duas horas no ponto, vi que algo estava mais errado do que o normal, afinal, mesmo demorando demais algumas vezes, o ônibus tinha que passar. E não passou um! Resultado: tive que ir para outro ponto de ônibus (nesta hora eu estava p* da vida, possesso e xingando até a presidenta do Brasil. O pior foi ter que pegar outro ônibus que não passava nem perto pra tentar fazer a baldeação. Sei que foi um tal de ir para a “Alvorada”, esperar um século, descobrir que tinha ônibus exclusivos em outro lugar, depois perceber que o ônibus passava em um lugar que eu já tinha ido antes... enfim, quase um pesadelo. Fui chegar à Bienal quase às 16h, faminto, sedento, deprimido e com altas tendências suicidas e homicidas. Por sorte as filas não estavam cheias e consegui comprar meu passaporte logo, o que me deixou um pouco mais calmo. A partir daí, a sorte pareceu sorrir pra mim.


A Bienal.

As instalações do Riocentro são realmente ótimas. Eu havia estado lá 8 anos atrás, mas para um evento de telecomunicações (quando eu ainda achava que seria técnico em eletrônica), nada a ver com livros, mas não lembrava mais da estrutura. E que estrutura! O Riocentro é gigantesco, tem inúmero pavilhões e chegou a sobrar espaço, já que a Bienal ocupou apenas três pavilhões (Laranja, Azul e Verde) com as livrarias e eventos e mais o Pavilhão Central, onde instalaram a Praça de Alimentação. Falando nisso, eu só fui comer alguma coisa depois de pelo menos umas três horas lá. Tudo é muito caro em relação a comida e bebida e você tem que estar preparado para ficar muito tempo em uma fila e, se for sozinho como eu, talvez tenha que ficar em pé (eu não tive, mas dei sorte). Ainda falando do Riocentro, o lugar estava um verdadeiro labirinto. Sinceramente, aquilo não era lugar para crianças. Cheguei a ver alguns irmãos se reencontrando por sorte quando um guarda encaminhava a menorzinha para o “Achados e Perdidos” (brincadeira, acho que ele a estava levando até o Balcão de Informações).
Dentro da Bienal, encontrei vários autores nacionais muito legais, alguns dos quais eu já conhecia pessoalmente, outros que conheci no dia. Entre eles, posso destacar Raphael Draccon - @raphaeldraccon, autor de “Dragões de Éter” – uma trilogia de fantasia que vai virar série e da qual gosto muito; Leandro Schulai - @schulai, autor de “Vale dos Anjos” – um livro sobre anjos, obviamente; Felipe Santos - @felipe_escritor que escreveu “O Preço da Imortalidade”; Mare Soares - @Marezinha, autora de “Chantili” – de estilo Noir e que conta uma história sobre uma cidade sem memória; Janda Montenegro - @jandamontenegro, que escreveu “Antes do 174” e a trilogia “O Incrível Mundo do Senhor da Chuva” (um livro lançado e dois ainda para sair); Eliane Raye - @Eliane_Raye, autora de “O Portal” com quem, infelizmente, não deu para conversar e também Luiz Eduardo da Matta - @lematta, autor de vários thrillers, dos quais destaco o mais atual: “O Dia Seguinte”, que trata do 11 de Setembro nos EUA. Enfim, são vários autores e todos eles verdadeiramente simpáticos, com livros muito bons e que merecem ser lidos. Encontrei ainda outros autores, mas estes vão ser especialmente destacados porque eu comprei e peguei os autógrafos deles na própria Bienal.
Em relação à Bienal em si, digo que fui a vários stands e que encontrei muitos livros que me chamaram a atenção. Se tivesse comprado todos, estaria pobre a esta hora e não conseguiria entrar em casa, então tive que ser bastante seletivo, rs. E, acreditem, mesmo sendo bastante seletivo, a lista de livros que comprei foi bem maior que a esperada, mas eu também vou destacar isso depois.
O final do evento foi mais tranquilo, graças a alguns amigos, descobri como sair de lá e onde pegar o ônibus de volta (sim, eu fui sem um plano de volta, mas era isso ou não ir). Entrei numa fila para “viajar em pé” no ônibus, mas consegui vir sentado até em casa. Acho que cheguei por volta de umas 11h da noite, tendo que acordar para ir ao estágio 6h da manhã do dia seguinte.
Mas, sim, valeu à pena.
PS: Amanhã tem a parte 2!

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