Todas as pessoas que escrevem e que começam do zero lutam com um problema terrível: “E se ninguém gostar do que eu escrevo?” — Falo isso porque eu mesmo passo por isso e, não por acaso, criei este blog onde, além de contos, falo sobre minhas dúvidas em relação à escrita. Este aqui é meu diário, meu confessionário e meu divã. É aqui que eu jogo minhas inseguranças, rumino as ansiedades e compartilho um pouco do que vou aprendendo pelo caminho. Não é formal, não é como se eu estivesse aqui para dar aulas de algo, mas sei que minha experiência vai ajudar em alguma coisa. E, no divã de hoje, os meus anseios são sobre a construção da base leitora.
Acho que a coisa que mais preocupa um autor iniciante — pelo menos, é o que mais me preocupa — é ter uma base de leitores. Afinal, tirando alguns poucos seres iluminados e utópicos, todos escrevemos para sermos lidos. Oras, eu não criaria um blog se não quisesse que as pessoas lessem o que eu escrevo. Eu posso até tratar meu espaço como um diário, mas é um diário aberto ao público e sem horário fixo para visitação. E eu faço isso porque quero leitores.
Criei este espaço imaginando que pessoas com os mesmos questionamentos que eu viriam até meu blog, leriam o que posto, indicariam a seus amigos e que, com o tempo, eu teria cada vez mais leitores. Não vou mentir, porque é o que quero. Por outro lado, sei bem que o meu tipo de blog é de crescimento lento, já que é voltado para um público muito específico, que são pessoas que querem escrever. Acreditem, isso não foi intencional. Eu adoraria ter um blog grande, em que todos entrassem, lessem comentassem, etc. Seria muito legal, mas este blog é algo que eu preciso fazer neste momento. Eu preciso falar sobre escrever, porque estou escrevendo.
Eu estou com meu livro na fase de revisão. Por questão de alguns percalços no caminho (boa parte deles questionamentos internos sobre como fazer e refazer o trabalho), o livro demorou muito tempo para ser escrito, mas estou torcendo para terminá-lo no próximo ano e partir para a fase da busca por editora (outro assunto demorado). Eu não pretendo a autopublicação e não tenho interesse — muito menos rios de dinheiro — em pagar para ser publicado. Durante o longo processo de preparar e escrever meu livro, muitas coisas surgiram e eu fui me fazendo várias perguntas, uma delas foi sobre ter uma base de leitores. E ainda estou no processo, descobrindo como fazer.
Para tentar descobrir como formar uma base de leitores, estou testando algumas teorias. Uma delas, foi criar este blog. Eu já falava sobre o processo de escrita há tempos no meu Facebook, mas aquele é um espaço em que eu posto até imagens de cachorros e gatos fazendo coisas engraçadas. Ou seja, não é um espaço profissional, é pessoal. Eu poderia criar uma página lá, mas ainda não tenho conteúdo relevante, então estou esperando este blog dar frutos para começar com isso lá. Também tenho uma conta no Twitter em que compartilho as agruras da minha escrita, cada passo dado e desafios vencidos ou obstáculos que me atrasam. Ambos são coisas pequenas, mas vão ajudando. E tento ficar presente em outros espaços, como o Wattpad . Enfim, talvez eu comece a postar vídeos no meu canal do Youtube. Só que, ao estar presente em tantos espaços, tem apenas uma coisa que não desejo: me afogar. É claro que acho importante conseguir leitores, mas eu também preciso me dedicar de maneira que os espaços sejam geridos com qualidade.
Como eu disse, não sei bem como e não tenho o toque de Midas de formar uma base leitora do nada, mas estou tentando e fazendo isso aos poucos, para fazer com qualidade. O que acho é simples: começar com calma, não se atrapalhar e não tentar estar em todos os espaços de uma só vez. É importante preparar uma página no Facebook, estar presente em um número administrável de redes sociais e sempre ser você mesmo, fazer o espaço com a sua cara, pois os frequentadores vão perceber se você estiver fingindo. E, se isso acontecer, eles vão debandar. Portanto, é melhor mostrar sua face verdadeira logo de cara. Acredito que ajudará muito. Quanto aos frutos, creio que virão, é uma questão de tempo e, por que não?, de esforço.
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