Sim, a mão é minha mesmo. |
Sim, eu sou um artista, embora “iniciante” seja mais para dar um charme. Já escrevo há muito anos e, embora não tenha muitas publicações em meu nome sei que vou chegar lá. Em todo caso, eu estou pensando demais e conflitando de menos. Vamos aos meus conflitos:
Eu estou escrevendo um livro (estou com uns projetos…). É um livro de fantasia, o qual me divirto muito escrevendo, apesar do trabalho que dá. Aliás, talvez por conta do trabalho. Criar um mundo de fantasia é, com o perdão do trocadilho, algo mágico. E não é nada fácil.
Eu comecei a criar meu mundo anos atrás. Até hoje eu acredito que não esteja completo, pois ele é um híbrido entre fantasia clássica (magia, monstros, etc.) e um mundo inventado dentro do cérebro do narrador da história (Alice, você por aqui?). O problema até aqui? Amalgamar tudo sem que fique ridículo (será que eu deveria usar essa palavra? Ridículo parece algo que um artista não deveria usar… — até parece!). Como assim, ridículo? É tudo uma questão de alinhavar o texto da melhor forma possível, mas sem deixar que vire tudo um País das Maravilhas mal acabado. Estou tendo bons progressos nisso e não é aí que entra meu conflito. Ele virá no próximo parágrafo.
Deixei vocês curiosos? Que bom, o objetivo é esse. Mas, falando sério, meu conflito deve ser o mesmo que todo autor de fantasia que construiu seu próprio mundo tem: o quanto mostrar e o quanto deixar rolar?
Eu quero evitar a “Síndrome de Tolkien”. Acho J. R. R. Tolkien um excelente criador de mundos, sei que a fantasia de hoje deve muito a ele, mas nada me convence de que, em vez de usar seu mundo para contar uma história, ele não usou sua história para mostrar o mundo que havia criado. Ele era muito detalhista em suas descrições e, embora eu não veja isso como algo ruim, também não sei até onde é bom. E eu não sei se quero ser assim.
No mundo de hoje, em que a internet nos traz informações a uma grande velocidade, será que vale a pena ser “aquele” autor? Será que vale ser o cara que explica em detalhes seu mundo antes de imergir na história? Ou será que eu devo ser outro tipo de escritor? Aquele que, mesmo tendo um mundo novo, resolve que o apresentará aos poucos? Quero ser esse segundo tipo, mas temo que meu estilo se aproxime mais do primeiro. E então, o que fazer?
Na verdade, não tenho uma resposta pronta, mas meu livro está aí, sendo escrito, e estou pensando na melhor forma de fazê-lo. O resultado? Ainda não sei, mas tenho ganas e esperança de descobrir.
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